Todo mundo já ouviu a história dos pais que mimaram demais o filho. Ele ganhava tudo que queria. Não era cobrado. Não era punido. E deu no que deu: só incomodou na adolescência, e não se tornou o adulto que poderia ter sido.
Parece-nos bem claro o erro que os pais cometeram. Mas também dá para entender que a intenção deles era boa: queriam proteger o filho. Era amor puro. Ponto.
Duas conclusões. Uma, evidente: às vezes materializamos a boa intenção de formas equivocadas. E os resultados podem ser catastróficos.
A segunda, e essa a mais crítica: não estamos cometendo o mesmo erro dos pais protetores em outras áreas da vida? Evitando exposição, riscos, decepções: justamente as coisas que nos formam. Coisas que não matam, mas fortalecem.
Será que a nossa busca incessante por segurança e estabilidade não é justamente o que está nos tornando mimados e frágeis?