Primeiro vem o ingênuo:
“Lucas, eu estudei 5 anos para ter meu diploma. Preciso de um trabalho na minha área.”
Não trabalhar na área da graduação ainda é visto como motivo de vergonha. É como se fosse um fracasso não conseguir ganhar a vida fazendo o que estudou (ou o que a família bancou).
Depois, vem o desiludido:
“Estudei para fazer isso, Lucas. Agora é tarde para querer trocar de profissão”.
Como se o diploma condenasse alguém a um único caminho profissional – escolhido por um jovem imaturo, que não conhecia o mundo ou a si mesmo (e aqui também tem a influência familiar).
Qual outro custo irrecuperável você vai deixar prejudicar o seu futuro?
O que você fez até hoje não pode impedir a mudança que você busca. Não interessa o que os outros vão dizer. Não interessa eventual carteira de clientes, ou a experiência adquirida. O melhor momento de plantar uma árvore era há 10, 20 anos. O segundo melhor momento é agora.
Não precisa (e nem deve!) ser uma mudança radical. Mas algo gradativo, pequenos projetos, avançando um pouco todo dia, no tempo livre, nos finais de semana.
Em tempo, um detalhe: que dó do profissional ingênuo que acredita que, assim que entrar “na sua área”, tudo vai dar certo.