Uma das atividades cognitivas mais difíceis é a formulação de um problema. Pois é uma tarefa que demanda muita investigação em busca das causas. E problemas que realmente demandam uma solução possuem causas complexas, pouco evidentes, relacionadas, aleatórias.
Em negócios, usamos muito o posicionamento de que “resolvemos problemas”. Talvez não seja tão atraente para o cliente, mas seria mais honesto e eficiente definir como foco do trabalho a identificação precisa das origens do problema. Resolvemos problemas porque dedicamos tempo entendendo e identificando as reais causas.
Mas isso dá trabalho. Não é escalável, não gera receita recorrente, e não é uma plataforma – que, muitas vezes, acaba adaptando o problema à solução. Estamos em um mercado (destaque para o tecnológico) que entrega soluções parciais e superficiais para problemas complexos. No entanto, desconfio que isso seja o máximo que conseguimos fazer. O menos superficial ganha.