É mais confiável usar regras, fórmulas e algoritmos simples do que confiar na própria intuição. Mas não é o que acontece por aí.
O melhor exemplo: a suposta intuição do especialista. Na verdade, chamamos de intuição a forma que a memória trabalha: identificando padrões gravados ao longo do tempo. E isso é feito de forma automática, inconsciente, por mecanismos indecifráveis da memória. E justamente por ser algo assim, milagrosamente complexo, acreditamos numa origem mística da intuição.
Deve ser por isso que algumas estrelas acreditam que tem um feeling, um faro aguçado, um dom de decretar o que é bom e o que é ruim, o que vai dar certo e o que vai dar errado. O cliente dele também acredita nesse dom.
Um alerta: o reconhecimento de padrões é a habilidade básica da inteligência artificial. Havendo dados, a máquina vai aprender a comparar zilhões de padrões para tirar conclusões.
De duas uma: ou a inteligência artificial começa a derrubar os especialistas intuitivos, ou começamos a acreditar que a IA também é algo místico.