Durante milhares de anos os artistas escreviam, cantavam, tocavam e pintavam sem a expectativa de ganhar dinheiro.
A não ser que você fosse amigo do rei, até um século e pouco atrás a produção artística era uma expressão natural individual, e não uma forma de ganhar a vida.
Hoje em dia o artista colocou a si mesmo numa posição em que precisa pensar mais em marketing do que na arte.
É importante essa reflexão sobre a transformação da expressão artística em emprego. O simples fato de querer vender a sua arte vai moldá-la. Já não é mais uma expressão sincera – é feita para a plateia. Ou para ser aprovada pelo produtor.
Eu venho falando por aí faz tempo: a melhor forma de não corromper a sua arte é trabalhando em outra área das 8 às 18. E no tempo livre ir praticando a arte – sem interferência, sem expectativas.